Gustavo é um piá de 17 anos que ainda não se acostumou com o fato de estar crescendo. Ou de já ter crescido, ele ainda não sabe bem em que fase da vida está. Não que ele não quisesse crescer. Pelo contrário, queria até demais. Mas hoje queria voltar a ser criança. Culpa o vestibular, porque tem que culpar alguém, faz parte do ser humano tirar a culpa de si e colocar em algo ou alguém ao invés de assumir suas falhas. Na verdade ele está com medo do que o futuro lhe reserva. É um sonhador que só. Quer até ser rico! Virei pra ele e perguntei: QUEM NÃO QUER? Ele riu e concordou. Talvez a diferença do querer e do conseguir seja o meio disso tudo: batalhar. E disso ele não tem medo não. Deixa ele sonhar um pouco.
Ariano convicto, é orgulhoso que só. Mas é divertido e isso compensa o ego, às vezes, inflado. E ainda acredita em amor. Se apaixona fácil, mas não gosta de nada fácil demais. Também é contraditório. Gosta de desafios e quanto mais complicado, pra ele melhor. Mas é competitivo e se perde algum desses desafios pra alguém fica com cara de bolo batumado. Coitado, não gosta de perder...
É uma boa pessoa, sempre vai ter conselhos, e sua especialidade são os amorosos. Já que ele não se dá muito bem nessa área da vida, que ajude os outros. Tá certo. Sempre vai estar disponível para os amigos, mesmo que seja virtualmente. Aliás, principalmente virtualmente, se dá melhor com as palavras quando pensa pra escrever. Pessoalmente já falou muita coisa que não devia. Fazer o quê, é seu jeito...
É muito fã de séries de tv, gosta de assistir futebol e quando lhe dá na telha tira o dia pra ver vários filmes embaixo de um cobertor comendo brigadeiro de panela. Prefere fazer isso no frio, estação que mais lhe agrada.
Adora internet e sua mãe reclama o tempo todo que o caçula não sai da frente do computador ou do celular. Ele se defende falando que tá trabalhando. Tá bom.
Se vende fácil por uma barra de chocolate. É um comilão e adora cozinhar. Mas tem uma paixão ainda mais antiga: a literatura. Desde criança ele vive com um livro na mão, carregando pra lá e pra cá. Às vezes nem consegue ler, mas não desgruda de uma boa história. Ele diz que gosta da sensação de ter uma obra a sua disposição, assim ele pode se aventurar quando tiver um tempinho...
Ele vê na literatura a chave para novas descobertas e ideias. No fundo é apenas uma pessoa que sonha alto, quer alcançar seus objetivos e ser feliz, assim como todo mundo. A literatura só avivou sua imaginação e o desejo de mudar o mundo.
Ainda vai escrever um livro.
